Estalinhos
Abri minha boca
Finalmente tocando as notas
De declaração delicada de sentimento
Nutrido em relação à você
Por meio desse instrumento de sopro
Que é minha voz
Ela te atingiu com a mesma violência
De leve brisa maritima
Somente após ecoar pelo seu corpo
Que ela te varreu como uma migalha
Em furacão
Sua reciprocidade surgiu aos poucos
Começando quieta e fraca, tal qual estalinhos
Evoluindo para traques, rojões, bananas de dinamite
Terminando como torpedos
Portadores das mais escandalosas e visíveis
Explosões de afeto e calor
Seu instrumento de sopro
Autor de uma voz tão linda
Soltou notas desesperadas e curiosas
Buscando por sinais e momentos
Nos quais deixei algumas notas
Com sinais do meu interesse visíveis
Porém não tardou para substituir essas
Com notas cheias de amor
Perguntando se podemos
Juntar nossas notas e realizar
Nossa própria sinfonia