Soneto do Corno

Há magoas que eu trago dentro de um vidro

como um doce perfume que eu respiro

quando penso em meu amor incontido

por esta mulher de coração de vampiro

E tolhe inconsequente este amor combalido

de tanto levar pauladas e até mesmo tiros

se esfrega no professor de yoga e no de hidro

a mulher não é fogo é vulcão e eu sigo ferido

Mais cedo ou tarde vai acabar caindo a ficha

estou chegando ao limite e me sinto fustigado

vou acabar bebendo agua vermelha de salsicha

Que eu posso fazer se por ela eu sou tarado

nas mãos dela sou um tal de puxa e espicha

coleciono mais chifres que um rebanho de gado