Mar dos esquecidos
No mar dos esquecidos
Os flagelados dançam
Na tempestade
Lançam fora a quilha quebrada
E destroçada, Jaz a bujarrona
Rasgada que se iça à proa
No mar do rei Netuno.
Alongada mazena ao pé da popa
Verga a força bruta do vento
O tombadilho bebe as ondas
E os respingo do sal.
O convés entre o mastro do traquete
Sorri dos raios luminosos do rei,
Dos fogachos dos luzeiros vermelhos.
A paz sorri sobre o céu das marés.