Ode ao Amor Discreto

Eis que se ergue um canto esotérico,

Glorificando o amor íntimo e sutil,

Que se mostra em sutis lampejos,

Mas rejeita a exposição trivial.

Nos recessos do ser, o ardor se ignita,

Nutrindo a chama da paixão recatada,

Que, em seu fulgor discreto, incita

A dança dos amantes, em surdina celebrada.

Não no ostento, nem na algazarra,

Jaz o verdadeiro enlevo do coração,

Mas na comunhão sublime que se ata,

Longe dos olhos, em secreta afeição.

Viva o amor vivido e não exposto,

Calando seu esplendor em véu formoso.

Dom Maciel
Enviado por Dom Maciel em 28/04/2024
Código do texto: T8051574
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