QUIMERA

Não sei se em teu apreço ,

Te aguardo em quimera.

Ou se tantas luas goram

O meu jeito de entoar.

Não sei se emudeço,

Ou lanço em esmera

Se rijo no compasso,

Ou decido malograr.

É que rios turbulentos

Desaguam em minhas veias

Leviatãs e sucuris,

Devoram-me no mar.

É que decolo mil ventos,

Costuro bilhões de meias ,

Pouso em áreas pueris,

Com sapatos a calçar.

É que deixo sentimentos

De figuras tão feias,

Dominar até Paris,

Para Torres lá quebrar.

Não sei se em teu egresso,

Tu pintas uma fera,

Ou inspira Michelangelo

Com teu modo de falar.

Mas sei que em recesso

Que é o tanto que espero,

Guardarei como tesouro,

Esse modo de te amar.

Felipêncio Júnior
Enviado por Felipêncio Júnior em 27/04/2024
Código do texto: T8051268
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