PSICOGRAFIA SOMÁTICA
Não sei se o coração despertou,
E seu surgimento em meu pensamento,
Foi o suplício da alma, o aroma vindo com os ventos,
Que tirou-me do conforto, e do lado oculto do esquecimento.
Uma psicografia somática,
Quando deparo-me preso noite e dia,
Por amor que quero como imortal,
Onde suas digitais iriam além da pele.
Ser um fugitivo contigo,
Para mundos que nem pensaria ir!
Mas que contigo, iria, sim,
Viver o que eu não vivi.
O anjo que desejo ouvir sussurrar,
Em meus ouvidos por um momento,
Seria o som da tua verdadeira voz,
Depois de tantos desencontros que temos.
Quando chamar-te-ei de “bela e eterna",
Somente para ter o prazer de tua resposta?
E nessas alturas em que eu me encontro,
Sentir o mel que trazes em tua boca, agora.
Já enfeitiças-me há anos,
E com doçura vou vendo tua face!
Ela está do jeito que eu me lembro,
Da mesma forma, você não mudou em nada.
Talvez, internamente tenha,
Acontecido uma transmutação.
Sendo até a parte mais linda que necessito,
Conhecer, para tentar tocar meu corpo em questão.
Nisso, imagino-te retornando,
Sorrindo largamente, me devastando!
Neste tempo de total espera, a qual venho,
Particularmente, seguindo meus passos, te adorando.
Poema n.3.058/ n.29 de 2024.