não binárie
Na dor silente de uma alma em desalinho,
A menina não binária, autista, chora em segredo.
Seu grito ecoa solitário, sem caminho,
Num universo que parece alheio ao seu enredo.
Ninguém ouve o seu clamor, ninguém a entende,
Em meio ao tumulto do mundo indiferente.
Seu coração, um mar de emoções que se estendem,
Suplica por acolhimento, por um toque quente.
Ela grita por socorro, por luz, por amor,
Mas o eco retorna frio, sem calor.
Seu ser, uma estrela perdida na escuridão,
Espera por um raio de compaixão.
Que um dia o mundo possa entender,
A beleza singular de sua essência.
E que ela possa, enfim, florescer,
Num jardim de aceitação e clemência.