Ciúmes
Ciumes
Voce pode me repreender
Pode me virar a cara
Pode até me bater
Que nem vou me defender
Mas que uma coisa fique bem clara:
Que eu sim me torturo
De ciúmes me apedrejo
Que sim não aturo
Quando vejo todo mundo
A te olhar com desejos
Aquele seu leve vestido
Aquela calça apertada
Seu cabelo umedecido
Do banho recém saído
Suas ancas perfumadas
A água do seu chuveiro
Até às águas do mar
Que apalpam teu corpo inteiro
Cada pingo cai Faceiro
Vindo me atormentar
Seu perfume que embriaga
Seu sorriso que cativa
Confesso dar me até raiva
O ciume se encrava
Pois não quero dividi lá
Até do sol que te bronzeia
Do vento que te refresca
Até mesmo da areia
Que teu corpo rodeia
Cola em ti fazendo festa
Até mesmo da lua
Nessas noites que está cheia
Te olha passar na rua
Como se estivesses nua
Meu ciúme desencadeia
Não não me repreenda
Mas aceite minha proteção
Você é anjo, mulher, uma lenda
E não há quem não se ascenda
Quando passa este avião.