A Maldição das Drogas
Inenarrável os teus olhos vociferam
pelas dores impostas por um carrasco
E como tantos outros caminhos da terra
Teu calvário está em pequeno frasco
Incendeia o teu rubor em nada condenso
fé na névoa de teu inquebrável tesouro
suor rolar na testa encharcando o lenço
cospe dentes entre cacos de vidro e ouro
É o mal que viraliza e te entra pelo nariz
o branco mortal como uma serpente infectada
a vida numa roleta russa é viver por um triz
a vida de uma meretriz talvez não valha nada
Talvez o tempo para chorar já se extinguiu
e as suas lagrimas secaram em suas fossas
e tua vida descontrolada um sofrido ardil
morrer renascer nem que seja puxando carroça