21 anos
Quando tinha 21, o futuro era só um brilho fugaz,
Agora, quase 30, vive nas ruas da noite,
Olha no espelho o vazio em seu rosto,
Um olhar perdido, sem esperança.
Pensa consigo mesma: "Como diabos vim parar aqui?"
E se pergunta, sem resposta, por quê.
É triste, mas é a realidade da qual não podemos escapar,
Sua vida já parece ter acabado,
Nada a fazer, nada a dizer,
Até que o tal homem dos seus sonhos apareça,
E a leve consigo, num gesto vazio de redenção.
Com um emprego medíocre, sem perspectivas,
Cada pensamento uma facada no peito,
Porque tudo que quer é um pouco de amor verdadeiro,
Em vez de noites vazias, em busca de sentido,
Se pergunta como chegou a este ponto,
E a resposta está escrita nas paredes sujas de um beco qualquer.
É triste, mas é a história que a vida insiste em contar,
Uma tragédia sem fim, um espetáculo de desilusão,
Até que o amante dos seus sonhos apareça,
Ela espera, embora saiba que é em vão isso nos dias de hoje.