Alvorecer Solitário
"Alvorecer Solitário"
Sob o sol impiedoso, o mundo parece suportável,
Laboro incansavelmente, sem uma palavra de lamentação.
Um cansaço que penetra a alma, lágrimas ocultas,
Mas quando a noite se insinua, a solidão se revela.
Permaneço desperta, encarando o vazio que me consome,
Sem recorrer ao conforto do álcool, apenas confrontando a desolação.
Corro em busca de fuga, em uma corrida sem direção,
Mas quando as sombras se estendem, a angústia se torna minha companhia.
Ele assombra meus sonhos, uma tormenta infindável,
Apertando meu peito com o peso de um medo irracional.
Imersa em lembranças dolorosas, sem uma luz para guiar,
Me lanço na escuridão, onde a dor se refaz.
Se meu coração pudesse falar, imploraria por caos e tumulto,
Mas o sono me enlaça, e eu me entrego ao seu abraço sombrio.
A dor persiste, como uma cicatriz no peito,
Quando o dia se despede, e a escuridão reassume o controle.
Ele vem até mim, e eu me submeto sem reservas,
Nos perdemos na noite, sob o olhar impiedoso da existência.
Ele é voraz em meus sonhos, uma força indomável,
Apertando minha alma com a crueldade de um vendaval.
Afundada na escuridão, sem uma bússola para guiar,
Acordo solitária, em um leito vazio, a lamentar.
Acordo sozinha, envolta na solidão,
Na escuridão que me engole, sem misericórdia.
Mas ainda assim, a noite cede espaço ao amanhecer,
E um novo dia surge, para eu enfrentar.