Encubra o noturno manto
Encubra o noturno manto
Os mistérios que n’alma moram
As lágrimas que do olhar afloram
A tristeza que cala meu canto
Minha alcova é da tristeza recanto
De minha harpa só ressoaram
Breves notas de alegria que ficaram
Num passado distante, doce encanto
Jazem a um canto as partituras
Da canção que teu falar cantava
Que afugentava d’alma noites escuras
Registros de quem te amava
Sem sonhar as tristes agruras
Do silêncio pior que palavras duras
(Poesia antiga, sem data em meus guardados. Suponho 2015 ou 2016)