Zelar a saudade
acariciá-la como presença
Calma intensa
porque nada espera
Na imensa entrega de si
ao rosto ausente
reluzente na memória
Relutante na ida
como quem morre,
mas preso ao corpo,
enfadonho desejo,
no intrínseco amor,
escolhe permanecer.
Assim, entre idas e vindas,
entre memórias,
Vagueia entre os móveis
impregnado nos lençóis.
Imóvel
E parado assim
Não
some
dorme
E não desaparece
sempre ali
entre memórias.