Outrora, outrora, outrora

Uma vez eu fiquei no topo de uma montanha

A beijar um boca estranha

À noite inteira

Como um marinheiro de viagem primeira

Senti o gosto inédito de uma saliva

Que tão doce me alimentara

Como o néctar ao beija-flor

Eu, havia perigo ao meu redor

Não a vir da tão bela natureza

Mas dos pensamentos ocultos

E eu, anacoluto

E aquela boca morreu como uma flor sem o seu regar

Fui proibido de voar

Quebraram minhas asas com juízos

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 18/04/2024
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