Outrora, outrora, outrora
Uma vez eu fiquei no topo de uma montanha
A beijar um boca estranha
À noite inteira
Como um marinheiro de viagem primeira
Senti o gosto inédito de uma saliva
Que tão doce me alimentara
Como o néctar ao beija-flor
Eu, havia perigo ao meu redor
Não a vir da tão bela natureza
Mas dos pensamentos ocultos
E eu, anacoluto
E aquela boca morreu como uma flor sem o seu regar
Fui proibido de voar
Quebraram minhas asas com juízos