PERMITA-ME
Deixa pousar em tua doce língua o amargor dos meus versos,
Deixa minha poesia deleitar-se na suavidade dos teus encantos,
Deixa ecoar nos corredores cônicos dos teus ouvidos
Meu grito silenciado de desejo.
Deixa que ele revele os segredos mais íntimos
Escondidos nos recantos do meu ser,
Libertando as palavras que dançam na mente
E quem sabe assim minha ânsia te encontre.
Deixa-me mergulhar nas profundezas dos teus olhos
Onde encontro o reflexo de minha alma inquieta,
Navegar nas correntezas dos teus pensamentos
E descobrir os mistérios que tua mente abriga.
Deixa-me trilhar os caminhos do teu corpo,
Explorar cada curva, cada sussurro da tua pele,
Desvendar os enigmas de cada toque
E perder-me no labirinto dos teus braços.
Deixa-me ser a melodia que embala teus sonhos,
A luz que ilumina teus dias mais sombrios,
O calor que aquece tuas noites mais frias
E o amor que preenche todos os vazios.
Deixa-me ser o teu poeta,
Musa sublime de minhas canções!
Ctba, 17 de abril de 2024.