TERNO PARAÍSO
Passei a noite em claro, pensando
Que desde o dia em que notou-me,
Meus dias nunca mais foram iguais.
A grandeza do teu olhar me instiga a saber
O que há na tua existência, que tanto me atrai.
Noites a fio a imaginar,
O que fazes no frio da madrugada.
Dias intermináveis no anseio da tua presença,
Que se faz ausente diante dos meus olhos.
Horas e horas a pensar na imensidão do teu olhar,
Que esconde um terno paraíso.
Minuto após minuto querendo o teu ser,
Depois que tua existência notou-me e quis ficar.
O que é que te fazes querer estar aqui?
O que é que te fazes tanto me olhar?
Me lê com tanta precisão.
Será que algum detalhe te escapou?
O que é que ainda precisas saber,
Para entender que o meu coração já não é mais meu?
Tenho me perguntado como tem sido os teus dias,
Dias após o dia em que tua vida me encontrou.
Nos meus devaneios mais improváveis,
Pergunto-me se nos teus esconderijos
Também mora a empolgação de um encontro por acaso.
Já não ouso dizer que sou o que eu era,
Porquê embora tente esconder,
Minha alma já não se contenta com tamanho deleite.
Impossível é não querer estar diante de tua presença.
Não me deixes respirar qualquer ar
Que não contemple a tua sublime existência.
Não me dê sequer a chance
De questionar o que vieste fazer.
Em ti, permito que transgrida as barreiras
Que outrora julgava ser inquebráveis
Contigo, abnego a paz da ausência de amar.
E que paz é essa que me impede de gozar de tuas linhas perfeitas?
Por ti, já não quero ter mais nada além do teu olhar,
Que me instiga a querer te viver mais e mais.