Miragens...
Na beira da praia…
Pelo buraco da rede…
Que dá para ver o sol…
Onde o vento dança…
Discretamente…
No canto do olho…
Se a gente continuar…
Com a nossa transa…
Por mais muito tempo…
Vai ser um milagre…
Meu amor surge…
Nas dunas…
Parece miragem…
Não quero manchá-lo…
Com esse aborrecimento…
Que eu só sei deslizar…
Pela malha do vazio…
Do espaço exterior…
Então me agarro…
A esse “enquanto…
Você está aqui…”
Eu não posso esperar…
Desculpa parece bebê…
Meu amor ainda não nasceu…
Por isso digo que vai demorar…
Mas sigo os seus passos…
Fora isso fui eu que fugi…
Voei, deixei…
Essas sombras cá embaixo…
Não sei como refazer o nó…
E acho que nunca tentei…
Não posso olhar pro passado…
Preciso seguir em frente…
Preciso cuidar mais de mim…