A Dança dos Patéticos
Em minha mesa de ébano, eu vejo,
os patéticos que vêm me buscar,
com suas almas tão frágeis, um desejo,
de encontrar respostas em meu olhar.
Os tolos que se curvam diante do incerto,
esperando que as cartas lhes revelem,
o caminho que devem seguir, tão esperto,
ignorando que o destino não se revela.
Palavras vazias, gestos de desespero,
os patéticos dançam em minha frente,
buscando em mim um alívio, um conserto,
para suas vidas tão tristes e carentes.
Mas eu, a sábia guardiã dos arcanos,
observo-os com um olhar de piedade,
pois suas vidas são como frágeis canos,
prontos a se romperem na tempestade.
E assim os patéticos vão embora,
levando consigo suas ilusões,
enquanto eu permaneço, a senhora,
da verdade oculta em minhas mãos.
Então, dançamos todos nessa roda,
eu, as cartas, e os patéticos seres,
cada um buscando sua própria moda,
de lidar com o fardo de seus quereres.