Flagrados
Flagrados
A muito tempo atrás
Tempos já tão distantes
Vim a me cruzar
Vim a me deparar
Com um ser alucinante
Alucinante eu digo
Pois me deu alucinações
Já que éramos amigos
Sim, é o termo preciso
as suas colocações
Era uma menina nova
Que amei logo que vi
Nunca disse nem lhe dei provas
Nem sequer dei lhe uma rosa
Já que este amor escondi.
Logo nos separamos
Cada um para seu lado
Eu acabei me enterrando
Acabei me aventurando
Num quartel como soldado
Ela, após algum tempo
Claro, fui lhe procurar
Mas tal foi o meu tormento
Notícias dela não tendo
Resolvi então me casar
Guardei aquele sentimento
Num cofrinho no coração
Ali ficou todo tempo
E embora lhe querendo
Me impedia minha condição
Por estar eu já casado
Tinha mais que obrigação
De permanecer calado
Tanto quanto afastado
Daquele amor tão bom
Nunca mais eu fui saber sobre o seu estado
Sempre soube me conter
Calei, deixei o tempo correr
Calculei já ter casado
E o tempo que não para
Seguiu seu rumo normal
É…viúva, casa, separa
Até que a vida se declara
Me ajudar afinal
Certo dia a encontro
Numa rede social
Cheguei até ficar tonto
Tanta beleza exalando
Era um anjo celestial
Começamos os contatos,
Conversa vai, conversa vem
Marcamos em um mercado
De nos termos encontrado
Já que dois filhos que ela tem
É que ditos rapazes
Dos quais nomes não lembro
Eram guardiões vorazes
Aí de quem a tocasse
Paquerar, muito menos.
Chega então o dia
Em que a ia rever
Confesso grande alegria
Meu peito festa fazia
Mas… com um certo temer.
Estavamos ali confiantes
De estarmos tão seguros
Quando algo adiante
Dois,tipo tratores possantes
Nos pegam num cantinho meio escuro
Ela empalidece,
Eu? Bom nem sei dizer
Sejá lá o que desse
Percebendo que ela os conhece
Seus filhos cálculei ser
Como passei por tantas
Enrascadas nesta vida
Sei que fugir não adianta
Só mantive distância
E esperar o que vinha.
Um deles, o mais forte
Pergunta: mãe o que é isso?
Ela em seco engole
Bom, ela pode,
Já eu nem isso consigo.
Vamos dar um corretivo
Neste coroa safado
Pode até que fique vivo
Mas eu duvido
Que não fique aleijado
Eu que não sou bobo nem nada
Logo tomei a frente
Dei uma pincelada
Com distância assegurada
Contei a história da gente.
era o ciúme tão grande
Que pareciam nem me ouvir
Enfrentei os dois baita homens
E mesmo que muito apanhe
Mas nem pensar em fugir.
Chego um pouco mais perto
Claro, bem cautelar
Não que eu fosse esperto
Mas achei o mais correto
Assim lhes declarar:
Eu sou um, dois vocês são
Eu coroa, vocês pura juventude
Físico? Não tem comparação
Mas prestem bem atenção
Antes porém me escutem
Cada murro que eu receber
Batam com força, desejo
Será como receber
Ajudado por vocês
De vossa linda mãe um beijo
Cada tombo que eu levar
Cada chute ou safanão
Será como abraçar
Como me enroscar
Nos braços de vossa mãe
cada ofensa me dirigida
Vão sair como canção
Serão como palavras lindas
Que serão transmitidas
A este meu anjo bom
Pelo amor que lhe a tenho
Não irei revidar
Não moverei sequer um dedo
Pois tenho medo
De a ela machucar
Um então olha pro outro
Um passo a frente dão
Achei que viesse um soco
Eu recuei um pouco
A espera da reação
Minha surpresa foi tanta
Na cena que vi a seguir
O mais forte, uma jamanta
Um pouco mais se adianta
Olha pra mãe e sorri.
Sem dizer uma palavra
Me olha de baixo acima
Volta, seu irmão abraça
Ela um sorriso disfarça
E eu? Hum, imagina…
Obs.ia continuar mas parei por aqui mesmo.
*Só para descontrair kkkk suei só no escrever*