Menestrel

Ao encontrar as gotas do Dilúvio nas rosas que te busquei,

entendi porque os olhos teus servem de modelo aos sonhos dos artistas que buscam outro céu

Nunca se viu tamanha realeza, antes de você pisar a espuma do mar,

quando Atlântida celebra espiritualidades em brasa

para que tua nudez diga aonde um guerreiro deve colher sensualmente riquezas nas flores que se abrem para recebimento da masculinagem do luar

Destrocei o que já foi máquina no peito

porque tua dança serviu de estrela às caravanas sedentas ,

cravada a espada no solo fértil do desejo,

dispo a armadura de doçuras astuciosas

para revelar que a cigana cavalga sem arreio e sobre a razão

Acontece, que a aurora nasce da tua certeza de fêmea,

sem outra direção além das joias brotadas dos seios

como néctares propícios a enlouquecerem o viajante,

que por coincidência, é o menestrel que a ti dedica versos como quem vive dentro de um canto de beija-flor