Sob o sol...

Amanhece, e logo o sol distribui seus raios pelas janelas.

Os preguiçosos olhos vão se abrindo devagarinho para o saudar.

Os ponteiros do relógio se intercalam entre uma frenética dança e uma vagarosa caminhada. Assim, neste transcorrer, chega então a hora da noite nascer.

Mas antes que a Lua desfile todo seu deslumbre, o Sol vai se aconchegando no mar, se escondendo até que as águas o cubram.

Na praia, a solidão se abraça a espectadora, e assiste junto a ela todo esse espetáculo.

Dia após dia, o show se reinicia, e ali sob o mesmo céu, sozinha, ela permanece. E o desejo de ser par esmurra a alma feito quem bate em porta trancada.

Felizmente, o estático se ausenta da vida, e assim os rearranjos ganham “permissão” para florescerem.

O calendário perde e ganha folhinhas, e o novo vem, trazendo consigo aquele que preenche o lugar quase impreenchível.

De repente, o par de íris ganha um par, o intenso azul desfaz o gris olhar.

E o capítulo que antes era esmaecido, em arco-íris se faz, ao show da vida é acrescida uma nova emoção.

O Sol novamente se despede, e se aconchega no mar. E a atenção dos passantes se divide entre sua despedida, e o amor que diante deles também inicia sua cena.

Be Hurricane
Enviado por Be Hurricane em 04/04/2024
Código do texto: T8034288
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