RECANTO DAS ALMAS

Do muito que eu te quis,

Eu me fiz para ter-te um instante,

E nele é que me consumir de verbetes,

Somente com a intenção de ver-te novamente.

O insano e o insensato de tudo,

Foi ter na mente e no corpo,

Os resquícios de um olhar perdido,

Mas que talvez, tenha encontrado em ti,

O recanto das almas que me dará sustento.

A ânsia de uma partida,

Trouxe na minha imperfeição,

O que de mais terno vi em teus olhos,

E a mágica que não tenho em mim.

Queria eu, que o momento congelasse!

Isso, na esperança de que não terminasse,

O entrelaçar das virtudes que tens, e que,

Subitamente vens, a dar-me sem nada saber.

És tão linda e pura, quanto os raios de sol,

O brilhar da lua, e a tentação do pecado,

Exposto com tamanha desenvoltura,

Em detalhes, nos versos medievais de um poema.

Quando percebi que saíste,

Tive que pensar freneticamente,

E em dez segundos me decidi,

Que o melhor era esperar-te assim,

Do lado de fora do meu consciente.

O certo poderia dar errado,

E o mundo, por sua vez, se acabado,

Contudo, valeu a pena o calor da manhã,

Nestes escritos que eu havia te endereçado.

Manifestou-se às melhores canções de óperas,

Dos quais interagiram com a minha pele.

E o que poderá suceder, de agora,

É a resposta que não compete a gente!

Mas fico com teu sorriso envolvente,

A voz que ecoa nas catedrais humanas,

Num doce sabor de todas as lembranças.

Poema n.3.056/ n.27 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 02/04/2024
Código do texto: T8033324
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