MEUS QUERIDOS ESTRANHOS

Estão todos caminhando por mim,

Pois, eu mesmo não sei o caminho;

Eu que andei por estradas sem fim,

Não ando mais um minuto sozinho.

Estou cercado de atenção e cuidados,

De pessoas tão estranhas e amigas;

Tem alguém que senta ao meu lado,

A cantarolar uma estranha cantiga.

Outra, traz um gostoso bolo recheado,

Mas, não lembro do que o bolo é feito;

Quem são eles? E por que os cuidados?

E, por que tanto me apertam no peito?

Deus…de quem é este sorriso de anjo?

Conheço? Não sei se quer o seu nome;

Quem é ela? E, quem é esse marmanjo?

Eu só sei que não me deixam com fome.

No começo da noite chega mais alguém,

Com aquele rosto “tão conhecido” a sorrir;

Com carinho, me diz “Tá na hora, neném,

Vamos tomar aquele banho…e dormir!"

E, depois, tão cheiroso, eu saio do banho,

Tão cheiroso, que daria pra ir numa festa,

Já embaixo da coberta, um beijo eu ganho,

“Sua benção meu pai”. E o beijo? Na testa!

Adormeço, mas não sem antes pensar,

Quem são esses que estão nesta festa?

Mas, do que, e com que cara, irei reclamar,

Se ganho abraços e até beijos na testa?

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 02/04/2024
Código do texto: T8033216
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