Seu Cavaleiro

Ás vezes

Me distraio

Olhando pro nada

Mergulhado em memórias

Daqueles lindos

Momentos de glórias

Do nosso namoro

Entre beijos e abraços

N'algum abrigo de chuva

No meio do outono

Após o entardecer

Daí volto a superfície

Estás deitada ao meu lado

Olho-te dormindo

Doce e serenamente

Em suspiros lentos

Na madrugada fria

Daí subitamente

Cubro-te até os pés

Com um abraço suave

Ternamente me despeço

E seu perfume

Acalenta e surge

Ponte invisível

Entre nós e nós

Emaranhados fios

De amores tecidos

Nestes suaves lençois

Mesmo quando saem

Ficam sucitando

Minhas saudades

Olho pro teto

Contemplo o Espaço

Com todas as perguntas

Aqueles "por quês"

Será que mereço

Tamanha ternura

E amor sem preço

Dada Graça Divina

Que assiste de cima

Procurando algo além

No crepuscular horizonte

Amanheceu de repente

E mesmo assim diante

Das dificuldades da vida

Ecoando como um canto

Com violoncelo e piano

Como parte do Plano

Tomo um banho

Preparo-me em perfumes

Visto aquela roupa

Que faz sentir-me novo

Pilotando minha moto

Chego aí novamente

Tal qual seu cavaleiro

Destemido e almejante

Por teu abraço cativante

E nossos beijos amantes

Estendo-te a mão

Cavalgas comigo

Nestas estradas de Minas

Subimos montanhas

Para ver o Mar de Nuvens

Abraçados enamorados

Como nos velhos tempos

Num pôr-do-Sol

Com arrebol de outono

Glaussim
Enviado por Glaussim em 29/03/2024
Reeditado em 29/03/2024
Código do texto: T8030207
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