Vestígios do Quase
No tecer do tempo, entre passado e presente,
Ficam os vestígios de um quase algo, latente.
Saudades se entrelaçam com os ponteiros do relógio,
Recordações de um momento fugaz, num sussurro tão só.
No compasso das horas, ecoam risos e promessas,
Memórias de um quase amor, que o tempo depressa.
No silêncio da noite, as lembranças dançam no ar,
Um eterno lamento por algo que não pôde ficar.
As estações mudam, mas a saudade persiste,
Como um eco eterno, que nunca desiste.
Dos abraços não dados, dos beijos não roubados,
Resta apenas o eco de um quase que se foi apagado.
Mas mesmo na ausência, há uma beleza singular,
Pois o tempo e a saudade nos ensinam a valorizar.
Cada momento vivido, cada instante compartilhado,
Mesmo que o quase tenha partido, o amor permanece guardado.