"Meus Olhos" = Poesia de Amor Oftalmológico=

Meus olhos

Selecionam

Observam

Reparam

Meus olhos

Não param

Meus olhos

Se arregalam

Às vezes

Até falam

Ou

Indiferentes

Se calam

Meus olhos

Me trazem

Alegria

Tristeza

também

Se eles

Não vêem

A figura

Do meu bem

Meus olhos

Não são

Janelas

De minha alma

As minhas

Retinas

Se fazem

Cortinas

Quando preciso

Meus olhos

Me fazem

Perder

O juízo

Perder a cabeça

Mas

Às vezes

É preciso

Que isso

Aconteça

Pra vida

Vibrar

Meus olhos

São preciosos

Têm

Muito bem

A expressão

Certa

Às vezes

Fingidos

Mostram-se

Distraídos

Mas estão

Alertas

Às vezes

Se enternecem

Entristecem

Umedecem

Vendo

As coisas do

Mundo

Um ato

de amor

Profundo

Uma

Tristeza

Imensa

Choram

Lacrimejam

Ardem

De dor

De saudade

De repente

De amor

De vontade

De te olhar

Novamente

Em um dia qualquer de maio de 1982.

Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 04/01/2008
Reeditado em 04/01/2008
Código do texto: T802872
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