Lembrança
Incompreendido, é o meu silêncio
O meu coração partido, que sofre na ausência tua
Na penumbra do que virá
Na noite escura
Entre súplicas e maldizeres
Descobri que o amor, é o espelho do ódio
Sim, porque te amo!
Não há como ignorar
Mas te amo, na mesma proporção em que pretendo te odiar
Te odeio tanto, que a esse ódio
Eu só posso chamar de " amor "
Uma navalha que corta
Cavando entre as entranhas, até a mais profunda dor
E então, encontra outra vez a falsa paz do silêncio
Banhado em saudade e rancor
Por isso eu sei que te odeio
Especificamente, na mesma proporção
Em que te tenho amor
Amo- te tão covardemente
E odeio a falta do teu calor
Mas um dia, você será só mais uma lembrança entre meus dentes
E não haverá mais ódio e nem amor que me consuma
E entre meus dedos, também não haverá cartas para ti, sobre ti
E talvez
Nesse momento eu
Finalmente durma!