Lembrança

Incompreendido, é o meu silêncio

O meu coração partido, que sofre na ausência tua

Na penumbra do que virá

Na noite escura

Entre súplicas e maldizeres

Descobri que o amor, é o espelho do ódio

Sim, porque te amo!

Não há como ignorar

Mas te amo, na mesma proporção em que pretendo te odiar

Te odeio tanto, que a esse ódio

Eu só posso chamar de " amor "

Uma navalha que corta

Cavando entre as entranhas, até a mais profunda dor

E então, encontra outra vez a falsa paz do silêncio

Banhado em saudade e rancor

Por isso eu sei que te odeio

Especificamente, na mesma proporção

Em que te tenho amor

Amo- te tão covardemente

E odeio a falta do teu calor

Mas um dia, você será só mais uma lembrança entre meus dentes

E não haverá mais ódio e nem amor que me consuma

E entre meus dedos, também não haverá cartas para ti, sobre ti

E talvez

Nesse momento eu

Finalmente durma!

Grécia
Enviado por Grécia em 26/03/2024
Código do texto: T8028274
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