Cada gotinha do que inunda em mim
Canto o canto das diásporas que se espraiam em mim...
Ecos e mais ecos de um nada.
Cantando,
Calada,
Parada.
Diásporas do sim, do não,
do 'não sei'
do 'quê', no porquê? Do nada!
Inunda em mim uma imensidão de nada.
E de tudo, no mundo,
no meu mundo.
Que transborda o teu 'não',
o teu 'talvez'
o teu 'sim'.
No aquém de mim, no tudo do teu
No vento do fel, do véu que não cobre mais...
Se eu soubesse do que não sei,
do que não quero saber
... Não sei, não.
Tu me cobre com cobre
Metal baleado pela pólvora do querer,
do rastro que caminha pelo fogo de você
Que acendo
Que apago
Fogo alado no momento, e do não-momento.
Vento que sopra
Vento que chega
Vento que balança
Vento que canta
Vento que grita
Grito eu, grita tu
Gritamo-nos...
Grito de um 'nós' que não existe.
Do 'nó' que tu me deu
E, em mim, se espalhou.