A BAILARINA
Sob aquela mão pequenina e morena,
A caneta dançava de forma serena.
Era a esperança na mão da menina.
Ensaiava uma dança na mão de Carina.
A caneta avançava a cada ponto final,
Ela e a alegre Carina num enlace total.
A menina, em sonhos. E toda traquina,
A caneta se atrevia na mão da menina.
Na ponta dos pés, na mão pequenina,
Deslizava nas linhas a caneta dançarina.
E, assim a menina, com os pés no chão,
Multiplicava o sonho e aprendia a lição.
Ao ser perguntada, se queria um presente,
Com a voz doce, respondeu tão contente:
Uma sapatilha é meu sonho! E de fato,
Quero ser bailarina e dançar num teatro.
Na ponta dos pés, na mão pequenina,
Deslizava nas linhas…caneta e menina.
O tempo passou e o presente agora brilha,
Para a menina que ganhou uma sapatilha.
Hoje, em Dona Alice, a lembrança até dói,
É saudade de Carina que dança em Bolshoi.
Longe, a bailarina, de seu anjo não esquece;
Então, põe o nome Alice em todas as preces.