Navio cinza lindo juvenil
Não sei
Não sei, olhei pra você
Cheguei em casa
Peguei a guitarra
Estava mofada
Junto com minha alma enferrujada
Faz tanto tempo que Não escrevo
Uma canção de amor
E pra falar a verdade que no auge dos meu 27
Estou inundado de emoções ainda adolescentes
As vezes me pego nostálgico
Pra sentir nem que ao menos tristeza
Bares decaidos que fogem da tendência é o que frequento
pra vez ou outra fumar um Marlboro e quem sabe encontrar alguém que me alcance na irregularidade dos retornos de saturnos que me pairam
A faculdade está de lado
Meu sapato pode ser pendurado
No fio de qualquer poste
E eu mal me preocupo
Em pentear o cabelo
Ou a cor da camisa que vou vestir
Bom...
Eu to deslocado, e eu queria
Alguém pra ter um refúgio
Alguém pra poder contar os segredos
Ou as ideias mais toscas de revolução que eu planejei no quarto
Meu quarto que cá estou eu
Quando cheguei em casa Depois
De uma madrugada trabalhada
Por algum motivo, olhei no seu olho
Vi uma esperança de que tudo isso
Que eu contei possa ser compartilhado, e vice versa
Uma conversa
Um beijo
Um vinho
Posso te levar em casa?
Eu vejo você andando em direção ao cecap, as vezes tragando um cigarro
Eu olho de longe e vejo tanta poesia naquilo
Seu cabelo lindo cinza que não vejo em mais ninguém, sua originalidade
Autenticidade...
Não sei se é tarde pra mim
Viver um amor platônico
Mas eu que ja vivi nos extremos
Até sou pai divorciado
Ainda me vejo no direito
De encontrar verdadeiramente alguém.