ERA EU
Quando a refrescante água deslizava em teu corpo, no intenso dia de calor
Era eu, que percorria encantado tuas curvas e matava minha sede de amor!
Quando a calma brisa afastou levemente os teus cabelos e passeou pela maciez de teu rosto
Era eu, beijando suavemente tua face, me alimentando de seu inesquecível gosto!
Quando a doçura do primeiro sol encontrou teu corpo, no abrir da janela numa linda manhã
Era eu, te oferecendo a vida e mergulhando em teus lábios, que me lembram a romã!
Quando um frio estranho te arrancou suspiros e a solidão da meia noite, sem nenhuma dó, te assaltou
Não era eu. Eu estava em alguma nuvem, contemplando o teu coração, que pelo meu jamais se apaixonou!