O CANTO DAS SIRENAS
Soavam as cítaras por Beatrizes e Helenas
E no rubro êxtase de lábios e rubis
De turmalinas, olhos de anis,
Cobriam o ouro as longas melenas!
Ah! Fosse um desejo apenas!
Fosse o ébrio abraçado ao vinho
Saciado o afã, serenado o torvelinho,
Alcançaria o jubileu das justas penas!
Mas ai de mim pelo canto das Sirenas
Pelos sonhos atrevidos, febres obscenas
Teu olhar impiedoso que me transpassa...
Ninguém saberá desta adaga fria
Da face que maledicente sorria
Da sádica mão que ao longe, me erguia a taça!
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Observação
“Sirenas” - Sinônimo de “sereias"
"turmalinas" - O texto se refere às turmalinas azuis