Quando as águas passarem
As vezes não sei o que dizer,
Só deixo a água passar
Tudo aconteceu como deveria acontecer.
Penso em muita coisa
Na calada da noite,
Principalmente ao anoitecer.
O melhor é me deixar viver.
E deixar acontecer,
O que deve acontecer.
Só que vivo com pressa,
E eu mesmo me agito.
Como se meu coração
Não conseguisse viver sem seu sorriso.
Andei tanto por esse túnel,
De tanto andar me cansei
Até ver de longe um brilho...
Faço planos, na esperança de dar certo.
Mesmo sabendo que o futuro é incerto,
Deixei de me importar.
Mas o que deveria pensar,
Se foi você quem deixou meu peito aberto?
E por tantas juras de amor,
Me enganei.
Sinto como se tivesse cego,
Porque meu sorriso é mais feliz,
Quando tem você por perto.
Sinto tanta emoção
Que não quero perder tempo.
Só que você aceitou que eu te tratasse como uma imperatriz.
E você bem quis,
Mesmo sabendo que meu coração é frágil como um giz.
Olhei no fundo dos seus olhos,
E te prometi,
Que em nenhum momento eu sairia dali.
Sob a luz da Lua,
Numa praia grande e movimentada.
Digo coisas que te deixam aliviada...
Diria até que parece coisa de filme.
E ficar sem ti, seria considerado crime.
Nem tudo se sustenta
Só com palavras ditas,
E nem sempre consigo me expressar pela poesia.
Contudo, isso tudo...
Me vi preso, fechado pro mundo.
E quem diria, que sua falta traria tanta agonia?
Quero viver um romance,
Daqueles que parecem ser de outra vida.
Mas tenho consciência
De que nem toda euforia
Pode ser considerada como alegria.
Por tudo que já passamos,
Me faz te perguntar
Se tem certeza dos nossos planos.
E daqui alguns anos,
Me vejo casando.
Isso só não pode ser,
Com alguém que não seja você.
Mesmo que eu seja um pouco distante,
Minha paixão nunca deixou de ser importante.
Te quero perto,
Mesmo que esteja longe.
Sempre te acho,
Sei qual seu esconderijo.
Pois no final,
Minha amada se tornou meu norte.
E por ela vou lutar
Ainda que esteja em cacos
Por ela finjo ser forte.
Em tempos de escuridão,
Só conseguia enxergar o brilho
De um, e único sorriso.
E no final, nunca fui
Alguém de acreditar em sorte.