O amor e nada mais.
O combinado era simples.
Do simples seu, me apaixonei.
Me emocionei no meio de um filme.
Disse aos quatro ventos, eu te achei.
Me interessei, me entreguei sem pensar.
Me perdi de mim mesmo e comecei a patinar.
No auge de toda emoção, toda canção ou samba era além de toda imaginação.
Quis deslumbrar, me queimar nas teias do meu fogo, e também me jogar no seu turbulento mar.
De toda enchente consciente, de todo amor dito e não dito, me fiz descrente da própria razão.
De todo o amor desperto de antes, me deparei em meio a um turbilhão nos entrelaces de sua vaidade.
Na minha idade a preguiça me impede.
Me faz parar em todo o jogo de intrigas que você abraçou.
E jogou toda a história, memória, amor pela janela.
Nem choro nem vela, e ninguém mais ficou.
O que rolou na minha cabeça, e nem mesmo toda a realeza é capaz de falar ou explicar. O combinado era a gente ficar.
Só nós dois, o amor e nada mais!