QUANDO PERDEMOS O SER QUE AMAMOS.
QUANDO PERDEMOS O SER QUE AMAMOS
Quando perdemos o Ser que amamos,
É como se perdêssemos o chão sob nossos pés,
E pior e mais terrível ainda,
é o sentimento de vazio que nos invade a alma,
ante a visão da cela solitária de nosso ser,
pela não presença do amor aprisionado.
Que era só nosso, por amor jurado.....!
Quando perdemos o ser que amamos,
Perdemos a razão de viver, sem tê-lo perto!
Declaramos em estado de guerra nosso coração
E nossa alma muda o curso de sua viagem
E ao invés de subir aos céus, em naves celestiais,
desce aos infernos, em barcos incendiados....
Quando perdemos o ser que amamos,
Involuímos em nossa história,
E voltamos aos tempos da vingança privada,
Unica forma de justiça para a nossa dor,
Que adjetivada, vira dor de amor.....
Quando perdemos o ser que amamos,
Nos tornamos trogloditas sentimentais,
E à dor que nos tortura,
Pedimos que nos doa mais,
Unica e exclusiva forma de compensar
a dor que sentimos por ter partido o amor,
-o nosso amor - para não voltar, jamais....
Quando perdemos o ser que amamos,
Fechamos os nossos olhos
– Portas e as janelas de nossa alma-
Nos cobrindo de silêncios e de suspiros,
De esperas intermináveis e de noites mal dormidas,
Onde sonhamos acordados, que ao abrirmos as cortinas,
Que escurecem nossa vida,
Ouviremos passos familiares, e depois vozes sussurradas,
Roucas de familiar intimidade,
e que um vulto ao dobrar a esquina
Volta para a casa que era sua
e para os braços que lhe prendiam como algemas...
Porto Alegre, 25.09.06