Cartas para Eloí
Juro, tentei abandonar-te.
Deixando o barco vir a pico e chocar-se entre as pedras.
Desejado final esse, impacto que me faria navegar outra vez em paz.
Feito um filhote caído do ninho.
Por vezes chorei em plena madrugada.
Gritei por socorro e ninguém podia ou quis ouvir.
Minhas "asas" quebradas, impossibilitaram o meu levantar.
Adormecido, permaneci ao relento... Frio... Sombrio.
Já era dia, o sol tocará ao meu rosto molhado em um dado instante.
Fui do céu ao inferno.
E por um "anjo" havia de ter sido abandonado.
Pois, até os "anjos" mentem para sobreviver, imagine você, que a mim deixou ao relento petrificado.
Chanceler crivo