AQUELA MENINA TRISTE

Vi uma menina sentada,

Enquanto as outras brincavam

Transbordando algazarra e euforia;

Vi uma menina sentada,

Ela não estava feliz, não sorria.

Vi uma menina sentada,

Bem à beira da calçada,

Enquanto as outras alegres pulavam;

Seu rosto parecia triste,

Seus olhos nem sequer brilhavam.

Vi uma menina sentada,

Na calçada da lembrança,

Mas, que bom! A menina venceu;

Hoje o olhar dela brilha, ao contemplar a filha.

Aquela menina sou eu.

Hoje esta mulher está sentada,

Transbordando de felicidade;

Bem a beira da calçada,

Ao ver a própria filha correndo,

Brincando, com os seus, de queimada.

Agora sinto uma menina sentada,

Bem à beira da calçada,

Toda eufórica e feliz dentro de mim;

Dizem que no meu tempo não existia bullying,

Talvez, não tivesse nome. Mas, era bullying sim!

Aquela menina triste,

Felizmente, não mais existe,

Felizmente, aquela menina agora sorri;

Aquela menina venceu! Aquela menina cresceu,

Mas, caberá sempre dentro de mim.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 13/03/2024
Código do texto: T8019140
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