AQUELA MENINA TRISTE
Vi uma menina sentada,
Enquanto as outras brincavam
Transbordando algazarra e euforia;
Vi uma menina sentada,
Ela não estava feliz, não sorria.
Vi uma menina sentada,
Bem à beira da calçada,
Enquanto as outras alegres pulavam;
Seu rosto parecia triste,
Seus olhos nem sequer brilhavam.
Vi uma menina sentada,
Na calçada da lembrança,
Mas, que bom! A menina venceu;
Hoje o olhar dela brilha, ao contemplar a filha.
Aquela menina sou eu.
Hoje esta mulher está sentada,
Transbordando de felicidade;
Bem a beira da calçada,
Ao ver a própria filha correndo,
Brincando, com os seus, de queimada.
Agora sinto uma menina sentada,
Bem à beira da calçada,
Toda eufórica e feliz dentro de mim;
Dizem que no meu tempo não existia bullying,
Talvez, não tivesse nome. Mas, era bullying sim!
Aquela menina triste,
Felizmente, não mais existe,
Felizmente, aquela menina agora sorri;
Aquela menina venceu! Aquela menina cresceu,
Mas, caberá sempre dentro de mim.