MINHAS MÃOS
Minhas mãos
Mãos pousadas
Mãos ardentes
Que falam tàcitamente
E indicam, em tons vividos
Os sonhos que abrilhantaram
Em épocas de tais venturas
Com o vigor de tais procuras
E, revelam-se suavemente...
Mãos que acariciaram ternuras
Mãos que afagaram loucuras
Que construiram castelos...
Que escreveram sobre o amor
Mãos que afastaram a dor
Para viver tão somente
As loucuras de amor ardente...
Ah! Deixe-as pousadas , afinal
Pois cumpriram o seu papel
Que, sôfregas de tanto amor
Repousam em colo ardente
Como relíquias da vida em flor
Como dádivas de imenso amor
Todas as carícias mudas em côr...
Myriam Peres