INEQUAÇÃO ( 11.08.75)

Tu fostes o amor

E eu não soube amar-te

Tu fostes a vida

E eu não soube viver

Tu fostes a luz

E eu me tornei cego.

Tu fostes um bem

E eu te fiz tanto mal.

Tu fostes um caminho

E eu me perdi,

Tu fostes felicidade

E eu só te dei tristezas

Tu me amastes com tanta força

E eu te desamei com tanta intensidade

Tu fostes minha e eu não quis ser teu

Tu querias ficar e eu te mandei partir

E desde então

Eu te procuro na escuridão da noite,

No silêncio das ruas

No fundo dos bares,

E te confundo com outras

Que jamais irão te substituir.

E não te encontro.

Seguirei te buscando,

Até ao eterno dos meus dias.

Pois sei que te encontrarei!

E talvez me reconheças e me ofereças a mão

E enxugues meu pranto,

E acalmes meu peito

E me dês, mais uma vez, o teu amor

E então eu farei tudo, para nunca mais

Me dizeres adeus....

( um velho poema, feito há muito tempo em uma hora de solidão e e muita tristeza.)

ERNER MACHADO
Enviado por ERNER MACHADO em 12/03/2024
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