Sensualidade

Penumbra que envolve,

Como pequenina mão cintilante

Que adentra a alma.

Acaricia a pele,

Entorpece a noite,

Beija a beleza

E do amor exala

Um aroma de corpo, sândalo e canela.

Ah ! Sensualidade !

Réstia que invade a privacidade

E espia a nudez,

Toda encabulada diante de tanta sedução

Que floresce e perfuma o espaço e o tempo sem fim !

Meia luz que doura a penugem

E reflete na tez feminina,

Transpondo só o belo,

Disfarçando as fraquezas da rosada carne.

Fragiliza e seduz o espírito,

Enfeitiçando até mesmo o cetim que abraça, enrola

E deslizando, sutilmente desnuda

Trazendo o calor do beijo,

Acendendo a chama do desejo que num só frêmito domina.