MURCHA A FLOR-AMARELA

 

Na tarde de domingo

O vento passou friento

Bateu ligeiro na janela

Assobiou no telhado.

 

O sabiá trinou choroso

No galho da palmeira

A brisa passa melosa

Murcha a flor-amarela.

 

No pôr-do-sol o silêncio

Gorjeia triste o rouxinol

A lua surgiu assustada

Chora o cravo vermelho.

 

Detrás da sombria colina

A estrada seguia deserta

O pranto da triste menina

Inunda a sua pálida face.