SOBRE UM SONHO QUALQUER

O amor se sente e se vive sozinho, mas é a dois que se colhe seus espinhos...

 

Miro minha filha pelos cantos gestando solidão — bem casada — mas, sempre sozinha, sozinha, sozinha... Ouvindo sua canção...

 

Quem tem coragem para amar, precisa aprender a ser só — amar a solitude, se entregar à ausência, mesmo sentido na garganta o nó...

 

Porque o outro a quem tanto amamos, é também estação... E não pode a todo instante nos acompanhar: nas ideias, nas realizações, nos quereres, nas vontades, na solidão!...

 

Quem tem sede e fome de amor, tem que se saciar com o vazio e com todas as possibilidades que o amor nos dá...

 

E nessa forja da vida, o momento em que ganhamos mais amor e enquanto estamos ao amor esperar.

Sabrina de Almeida
Enviado por Sabrina de Almeida em 08/03/2024
Reeditado em 09/03/2024
Código do texto: T8015595
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