Amor autorizado

Te olho,

abro o sorriso

e a porta da casa do meu coração.

Brindamos com chá e cerveja,

enquanto ficamos inventando

versões melhores de nós mesmas.

Nossas vontades escorregam hábeis nos versos desinibidos

que só o tempo da intimidade autoriza.

Dançamos trôpegas,

rimos alto, contando verdades bobas

para se enfeitar de mistério...

Mas quando sua boca diz meu nome

faz-se quietude na cumplicidade da espera.

Você me olha,

e abre a porta da casa do seu coração.

Limpo a poeira dos pés - outros caminhos -

te sigo até o quarto.