Luz Na Janela
Tão linda, loira e louca
Tão besta fui em lutar pra perceber
Que esta era a mulher que dantes tanto sonhara
Só era, óbvio, estupidamente arrogante para admtir
Aos olhares alheios éramos só aquele casal errado
Tão afoitos em seus vários sentidos, sentimentos, olhares... beijos e abraços
Irritava os demais que viam naquilo um iminente tropeço...
Naquela indescritível sensação, prazerosamente perigosa
Era a a viajem mais profunda
Insana, veloz e furiosa
Tão jovens, sonhadores e imaturos
Tantos foram as merdas que herdamos
dos nossos pais absurdamente erráticos?
Era o amor mais belo, sincero, torto, duvidoso,
cambaleante, frágil e brutal
Não era nada como os casais da televisão
Mas era amor, o que mais poderia ser?
Minha amada, querida, doce reluzente e demasiada humana
Meu primeiro amor
Você me fez aprender demais sobre a vida
Sobre o amor
O sofrer
O perdão
E sobre cair e levantar
Sobre me encantar com a bela e enigmática natureza humana
Sobre reconstruir e construir quem eu sou
Lucas Leal
Escrita em 17/02/24