QUE SAUDADE DE TÍ, OH! PORANGABA (Poema do filho ausente)
Como eu queria, neste exato momento, estar,
Pisando o amado chão do qual estou ausente;
Da terra onde nasci e nem vi o tempo passar,
Oh! Porangaba, de “Nossa Vida, Nossa Gente”
Hoje saudoso de sua praça, da igreja matriz,
Ainda sinto os aromas, os perfumes da cidade;
São versos saudosos, mesmo eu estando feliz, Que se fossem flores… exalalariam saudade.
Ah! Quem me dera estar, neste exato momento,
Na amada terra que deixei há alguns anos atrás;
Terra onde a gente nem viu o passar do tempo,
O sino marcava as horas. E horas de muita paz.
Estou a lembrar da tranquilidade que se fazia,
Onde se podia ouvir o lindo cantar do canarinho;
O momento era só dele! Era o que nos parecia,
Como nos parecia feliz o cantar do passarinho!
Se eu o questionasse, estou certo que ele diria,
Através do seu cantar que toda dúvida encerra:
“Eu canto para este chão, o povo escreve poesia,
Todos por termos nascido nesta tão linda terra”.
Como eu queria, nem que fosse “um minutinho”,
Pisar naquele chão, que até hoje perfume exala;
Cidade Sinfonia, que sob o cantar do passarinho,
Até o mais falante dos filhos para ouvi-lo se cala.
E neste “Aí, como eu queria…’’ que dói em mim,
Vejo-me de olhos marejados, num êxtase filial;
Alguém pode dizer que não, mas eu digo: Sim!
Dói demais a saudade, a saudade da terra natal.