Livros
Deixo com você o sim, o não, o adeus
Nesse reino ainda em formação
Libertar significa isso...
Cooperar com a essência
Ensinar a fazer a chave
Da paz, da alforria
Vejo o passado
Tentando construir o futuro
Nossos castelos estão diferentes
São feitos de alma
De imortal yin-yang
São tempos misteriosos
Difíceis
Precisamos caminhar ainda
Seguir fortes, página após página
E aceitar a queda
Para conseguir levantar
Concentro-me no vazio
Ouço ainda sua voz a equilibrar mensagens
Para ouvidos que não são os meus
Vim das brumas
De perto daqueles que são cavaleiros errantes
Minha folha não é espada
É leque que esconde meus suspiros
Por um sábio, você!
Que me emprestou sua pena
Mas é de minha responsabilidade a tinta...
A que às vezes me acaba...
E aí...
Preciso buscá-la nas correntezas
No lago do sonho e do amor
Escolho todos os cristais
Para depois voltar
E fica tudo certo
Para hoje
Mas... E amanhã?
Quem serei?
Qual será meu novo capítulo?...
Quantas laudas ainda faltam para encerrar esse ciclo mítico e perigoso?
A águia sobrevoa meu horizonte
Portando sinais
É madrugada, eu descanso
Deixo para trás vírgulas e quebrantos
Quando ela está aqui tudo é silêncio
A expectativa de mais uma batalha a vencer
Uma letra basta como pedra na janela
Para me convidar
Existe ansiedade pelo próximo chamado
Surgem fugitivos das guerras
Das contendas entre homens e faunos
Ah, a via láctea assistiu
Aos filmes e teatros
De quando tive em minhas mãos a coroa
A filha da decisiva palavra
Escrita em mesa de madeira ou barro
Redonda ou não
O desfecho é sempre a última esquina
A que ecoará por toda eternidade
Vou pular do grande penhasco
Me refrescando em água puríssima...
No mar
Vendo aquele novo navio partir
Com lágrimas descendentes de cigarras vespertinas
A prenunciar as torrentes
Que façam-se então!...
Mergulhos nas decisões de mestres e heróis
Sou abelha no buquê
Pensando na arquitetura das colméias
Inofensiva a contemplar entrelinhas
Sou borboleta no alpendre
Aprendendo a cantarolar
Supere meu coração e siga veloz!
Deixando apenas, pela manhã
Sabores de mirtilos e peras
Você pode ver e rever minhas passagens
As lutas de uma personagem
Perdida entre enredos
Erga sua mão e me fará voar
E como ventania chegaremos à última bravata
Aquela que vem imediata
Antes da fatal despedida
Onde os autores se reconhecem
E os autógrafos e raios
Entre símbolos e dicionários
Festejam os dons