História
Tenho pensado
Tenho sentido
Sobre e nesse tempo
Nossas vidas
Escolhas
E tenho visto
Que por mais que doa eu ficar
Pior seria partir
Meu inconsciente berra
O incorruptível me atiça
Aqui em meus papéis
Folheio nome de reis e suas conquistas
Estou a seu lado
Sem poder tocar
Levei séculos para entender
O que sua retina me mostrou em um instante
Precisei estudar para compreender
Tudo é igual...
Uma avalanche!
Onde sou alma de camponesa
Entre neves e fogueiras
Morro para te salvar
Entre livros e história
Descobri por onde andar
Rastreio nosso universo
Rogo que cresça, cada vez mais
Para meu menino, arcanjo, homem...
Amor
E insisto que me aponte sua espada
Se ousar ou falhar eu for capaz
Tudo em você é secreto
Sua cor, sua nota e doces
Todos preferidos
Você medita e me pergunta:
E agora?...
O que fará com seu saber?...
Digo... Viajarei...
Te deixarei em paz
Construirei planícies de luz
Um sonho?
Um que eternamente terei...
Te ouvir chamar por mim, de novo
Saiba que eu irei, sempre
Pois com fadas e bruxas vislumbro
Tenho sóis e planetas
Sou flor
Estou perdendo pétalas...
Desmaio
Nesse jogo, com você
Nessa busca e desafio
Sou bem-me-quer
Não sou a revolucionária que te condena
Respeito suas vestes e alma
Te quero pleno
Com seu amor
Longe dos comitês e audiências
Você está livre
A era dos árbitros terminou
Os discursos se apagam
E as lâminas ingratas enferrujam
Você vem até mim
E eu te entrego meus cadernos
Agora é meu destino em suas mãos
Letras sem cópia
Tateando a imensidão
Você é ainda mais perfeito de perto
Cortarei meus cabelos
Colocando a gargantilha
Rubra e sem medo
Colho teu beijo silvestre e sigo
Pegasus veio me buscar
Estou sozinha, humana, repetitiva
Mas enamorada de sua decisão
Leio minhas cicatrizes
Para onde devo ir
Tento me calar mas silenciar me golpeia
Quero somente me curar
Ser digna de sua atenção e benção
Ver minha aura branca, original
Você ri, de longe, e me acalma
Mostra que a vida pode ser mais
Indo além de uma cruzada
Me transforma então em bailarina
Me convida para cada década
E assim, aos poucos, me permite
Transcrever suas estradas
Com a lamparina da linda sorte
Onde o amanhã é subida e arte