TEMPESTADE E CALMARIA
Há um belo que é visto,
e outro,
que os olhos apenas sentem...
Essa beleza oculta,
apenas no peito e na alcova revelada.
Se o que tens me pertence,
e o que não tens me procura,
deixa que o açude como beijo molhe
essa loucura do alto contemplada.
Sinta o escândalo dessas mãos
a queimar tuas brasas
com a fome e o fogo que alimenta,
mas não sacia,
porque sempre depois dessa calmaria esperada,
vem sempre outra tempestade de desejo.