É doce e meiga a noite que chega
E falo da passagem do tempo,
dos sonhos e esperanças
em cada asa da imaginação.
E se me pergunto
se asas poder-se-iam abrir mais um pouco
se os sonhos adormecidos em ti
acordassem novamente.
E são a liberdade as asas,
a capacidade de as abrir e voar
além dos limites do tempo e da realidade.
É doce e meiga a noite que chega
trazendo consigo o início das sombras
e a persistência dos sonhos
que não adormecem
nos momentos mais escuros.
É cheia de charme a lua que dança -
por entre as densas e neblinadas cortinas de solidão -
em meu céu ainda azul de tua presença.
É bela a noite que desce,
diante do olhar da face ansiosa,
melancólica e introspectiva
pelo poema que se derrete entre os dedos.
E falo da passagem do tempo,
da luta interna pela dicotomia
entre a realidade e os anseios do coração.
E buscam a esperança as asas abertas...
mesmo em meus momentos de escuridão.
Essas, que renovam em mim
a natureza dos sonhos
e a chama acesa da vida...
desenhando no poema
a alma em Amor e ebulição...
Poema e foto: