DEIXE-ME
Meus olhos são
essas constelações inacabadas
que olham tudo
e nada vêem.
Só a chuva e o frio das manhãs
as auroras tecelãs
das alegrias
mas quando chegam as nostalgias
tudo parece então
somente
uma vida vã...
Deixe-me reencontrar
esse coração perdido
há tantos séculos
num país desconhecido
numa casa de nuvem
numa rua de vidro
naquele nosso jardim sagrado
quando fazíamos parte
do paraíso.
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